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O supremo dever do pastor


O supremo dever do pastor
Thomas Ascol

"Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja" (1 Timóteo 3.1). 


A palavra-chave nesse versículo é "obra". O ministério pastoral é uma obra árdua. Paulo comparou a vida do pastor à do soldado e à do lavrador. Ele encorajou o jovem Timóteo a participar "dos sofrimentos" no ministério (2 Tm 2.3,6).

No cerne desta obra árdua está a santa tarefa de pregar. D. Martyn Lloyd-Jones afirmou que "a mais urgente necessidade da igreja cristã é a verdadeira pregação". Seu antecessor, G. Campbell Morgan, também sustentava esse mesmo ponto de vista sobre a pregação, quando a chamou de "a suprema obra do ministro cristão".

Na introdução de sua clássica obra sobre homilética, A Treatise on the Preparation and Delivery of Sermons (Um tratado Acerca do Preparo e Entrega de Sermões), John Broadus argumenta que "a pregação é o grande meio designado para espalharmos as boas-novas de salvação através de Cristo". Espera-se que um pastor seja muitas coisas. Ele tem de ser um conselheiro para aqueles que necessitam de orientação, um encorajador para aqueles que estão desanimados e um confortador para os que estão angustiados. Precisa ser um administrador da vida e do ministério de uma igreja local e um líder que dirige a igreja nos caminhos adequados. Porém, dentre todas essas e outras responsabilidades, o pastor é, primeiramente (e sobre todas as demais coisas), um pregador.

Ao estabelecer tal prioridade no desempenho de seu chamado, o pastor não apenas segue o padrão estabelecido pelos profetas do Antigo Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, mas também o exemplo de nosso Senhor. No início de seu ministério público, Jesus se colocou de pé na sinagoga de Nazaré e anunciou seu propósito, utilizando as palavras do profeta Isaías: 

"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres... para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos,... e apregoar o ano aceitável do Senhor" (Lucas 4.18-19). 

Ele Foi Ungido Para Pregar

Com freqüência, quando estudamos a vida de Cristo nos evangelhos, permitimos que os milagres destaquem-se à nossa mente. Mesmo sendo tão ressaltados, é preciso lembrar que Jesus fez os milagres em meio a seu ministério de pregar e ensinar. Quando as multidões clamaram por mais milagres, Ele disse aos seus discípulos: "Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim" (Mc 1.38). Deus teve apenas um Filho e tornou-O um Pregador.

"Prega a palavra!" foi a admoestação do apóstolo a Timóteo. "Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (2 Tm 4.2). Esse mandamento, por si mesmo, é suficientemente forte para fazer que pastores se aprumem e percebam a grande ênfase colocada na pregação. Paulo, entretanto, continuou escrevendo para fortalecer essa admoestação com um argumento bastante perturbador. O motivo pelo qual os pastores têm de pregar a Palavra é porque "haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas" (2 Tm 4.3-4).

A respeito de quem Paulo está falando? Quem são essas pessoas? Ele não estava se referindo a pessoas que se encontravam fora da igreja. Estava falando sobre membros de igreja que ouvem o pregador. A razão pela qual Timóteo precisava pregar a Palavra com autoridade era a inevitável tendência íntima dos homens no sentido de resistirem à sã doutrina. A pregação é o meio ordenado por Deus para combater essa tendência. 

Hoje, ouvimos muito a respeito da irrelevância da pregação. O homem moderno (especialmente o que cresceu nas últimas 4 décadas) simplesmente não ficará quieto diante de tais atividades "tradicionais" da igreja. O que precisamos fazer, portanto, é dar-lhe o que ele quer: dramatização, dança, multimídia. Todos estes e outros métodos estão sendo trombeteados como os novos veículos da proclamação para a igreja de hoje. 

Eles nos dizem que a pregação está fora de moda. Esperar que grandes grupos de pessoas se assentem nos bancos da igreja e ouçam um homem falar por meia hora ou mais não é apenas presunçoso, é tolice. Apesar disso, "aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação" [a mensagem pregada] (1 Co 1.21). 

O que devemos fazer, então? De que maneira o povo de Deus deve reagir à ênfase bíblica na pregação, enquanto vivem em um mundo que, cada dia mais, a despreza? Primeiro, precisamos nos determinar a permitir que nossas convicções sejam moldadas pela imutável Palavra de Deus e não pelas mutáveis tendências da cultura moderna. A pregação precisa
se tornar, e permanecer, a prioridade de nossos ministros do evangelho. As igrejas têm de insistir nisso com seus pastores, e os pastores precisam insistir nisso consigo mesmos. 

Segundo, é necessário fazer provisão na igreja para manter a pregação como prioridade. Muitas coisas boas competem pela atenção do pastor. Sempre existem necessidades a serem atendidas e ministérios à espera de uma mão disposta a trabalhar. À luz de tanta exigência, os pastores precisam cultivar o mesmo tipo de ousadia humilde e negligência deliberada que demonstraram os apóstolos, quando pastoreavam a igreja em seus primórdios, na cidade de Jerusalém. Confrontados com as importantes necessidades da congregação, aqueles primeiros líderes se recusaram a ficar distraídos de sua principal tarefa: "Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas" (At 6.2). 

A situação era séria. Viúvas estavam sendo negligenciadas pela igreja. Contudo, a igreja confiou esse ministério a outros membros cheios do Espírito Santo, para que os apóstolos se consagrassem "à oração e ao ministério da palavra" (v. 4). Esse tipo de sabedoria prática e disposição de delegar responsabilidades precisa caracterizar a igreja, se tiver de ser mantida a prioridade da pregação.

Os membros e oficiais da igreja deveriam mostrar grande cuidado em insistir que seu pastor mantenha a obra da pregação como a prioridade de seu ministério. John MacArthur salientou esse ponto com grande eloqüência, em um sermão pregado na Conferência de Pastores da Convenção Batista do Sul, em 1990, realizado em Nova Orleans, Louisiana. De que maneira os membros de igreja podem encorajar seu pastor a fazer da pregação a sua prioridade? Aqui estão as sugestões de MacArthur:

"Empurrem-no para o seu escritório, tirem da porta a placa "Escritório" e substituam-na por outra que diz: "Sala de Estudo". Tranquem-no com seus livros, sua máquina de escrever e sua Bíblia. Forcem-no a se ajoelhar diante dos textos, dos corações quebrantados, da inquietação de vidas de um rebanho dado à superficialidade e diante de um Deus Santo. 

Obriguem-no a ser o único homem da igreja que conhece o bastante acerca de Deus. Atirem-no para o ringue, a fim de boxear com Deus, até que ele aprenda quão pequenos são os seus braços. Coloquem-no a lutar com Deus por toda a noite, permitindo que saia apenas quando estiver machucado e surrado, a ponto de ser uma bênção. 

Fechem a boca desse homem, para que ele não seja continuamente um mero discursador. Impeçam sua língua de tropeçar em coisas não-essenciais. Exijam que tenha algo a dizer, antes de quebrar o silêncio. Queimem seus olhos com estudo cansativo. Desarticulem seu equilíbrio emocional com a preocupação pelas coisas de Deus. Façam-no trocar sua aparência piedosa por uma caminhada humilde com Deus e com os homens. Levem-no a se gastar para a glória de Deus.

Desliguem seu telefone. Destruam suas folhas de avaliação. Coloquem água no seu tanque de gasolina. Dêem-lhe uma Bíblia e amarrem-no ao púlpito. Ponham-no à prova, examinem-no, submetam-no a testes. Humilhem-no por sua ignorância das coisas divinas. Envergonhem-no por causa de sua boa compreensão de assuntos econômicos, de resultados de campeonatos esportivos e de questões sobre partidos políticos. Gracejem de suas frustradas tentativas de "ser um psiquiatra". Formem um coral, cantarolem e assediem-no, noite e dia, dizendo: "Pastor, queremos conhecer Deus".

Quando, por fim, ele subir ao púlpito, perguntem-lhe se ele tem uma palavra vinda de Deus. Se não, dispensem-no. Digam-lhe que vocês também sabem ler jornal, digerir os comentários da televisão, avaliar os problemas superficiais do dia, lidar com as enfadonhas tendências da comunidade e abençoar o arroz e feijão, melhor do que ele.

E, quando ele proferir a Palavra de Deus, ouçam-no. Quando ele, for inflamado pela flamejante Palavra de Deus, consumido pela ardente graça que o abrasou, quando for privilegiado de haver traduzido a verdade de Deus ao homem e, no seu final, for transferido da terra para o céu, sepultem-no de forma gentil. Toquem a trombeta emudecida. Ponham-no para descansar suavemente, colocando uma espada de dois gumes em seu caixão, e entoem um cântico de triunfo, pois, antes de morrer, ele se tornou um homem de Deus."

A avaliação de John Broadus, feita em 1870, permanece válida para estes anos finais do século XX: "Em cada época do cristianismo, desde que João Batista atraiu multidões para o deserto, não tem havido grandes movimentos religiosos, nenhuma restauração da verdade das Escrituras, nenhuma renovação da piedade genuína, sem um novo poder na pregação, tanto como causa quanto como efeito".

Se temos esperança de ver genuíno avivamento e reforma, é preciso haver o retorno de poder ao púlpito. A pregação ungida pelo Espírito é a grande necessidade de nossos dias. Estejamos batalhando para restabelecer sua prioridade em nossas igrejas. Oremos por aqueles cuja tarefa é cumprir o santo chamamento de proclamar o evangelho de Jesus Cristo, no poder do Espírito. Que Deus nos conceda um avivamento da verdadeira pregação.

Precisamos De Unção Nos Púlpitos e Ação Nos Bancos


Precisamos De Unção Nos Púlpitos e Ação Nos Bancos 
Leonard Ravenhill 
(Escrito em 1950) 
 
Pode acontecer de um crente ficar muito tempo no estágio de criancinha espiritual e depois, de repente, despertar e amadurecer 
espiritualmente, tornando-se (fervoroso nas batalhas do Senhor, e manifestando um intenso amor pelos perdidos. Existe uma 
explicação para isso. (Mas nós nos achamos tão abaixo do padrão normal do cristianismo neotestamentário que o normal nos parece 
anormal). O segredo da transformação a que me referi acima é que houve um momento em que essa pessoa lutou com Deus, como 
Jacó, e saiu da luta esvaziado do seu “ego”, mas “fortalecido com poder, mediante o seu Espírito”. 
  
Para se ter uma vida vitoriosa dois elementos são indispensáveis: visão fervor. Sabemos de homens que lutam contra fortíssimas 
oposições da crítica carnal humana, e tomam de assalto os picos pedregosos do território inimigo, tão-somente para “fincar” a cruz de 
Cristo em lugares onde habita a crueldade. Por quê? Porque tiveram uma visão, e se encheram de intenso fervor. 
  
Alguém já advertiu que não devemos estar tão envolvidos com o céu a ponto de sermos totalmente inúteis na terra. Se há um 
problema que esta geração não enfrenta é esse. A verdade nua e crua é que estamos tão envolvidos com a terra que não temos 
nenhuma utilidade para o reino dos céus. Irmãos, se fôssemos tão eficientes na tarefa de enriquecer nossa 
alma quanto o somos na de cuidar de nossos interesses pessoais, constituiríamos uma ameaça para o diabo. Mas se fôssemos 
ineficientes no cuidado de nossos interesses como o somos nasquestões espirituais, estaríamos mendigando. 
  
Alguns anos atrás, George Deakin ensinou-me uma verdade usando um argumento bastante lógico. Ter visão sem missão, torna-    nos 
visionários; ter missão sem visão, leva-nos a trabalhar demais; ter visão e missão faz de nós missionários. E é mesmo. Isaías teve 
uma visão no ano da morte do rei Uzias. Talvez haja alguém à nossa frente, impedindo que tenhamos uma visão ampla de Deus. O preço a 
ser pago pelo crescimento espiritual é bastante elevado, e, às vezes, doloroso também. Você estaria preparado para ter uma visão a esse 
preço — a perda de um amigo ou de sua carreira? E para essa transformação de alma não se oferecem descontos especiais. Se 
alguém deseja apenas ser salvo, santificado e só, não há lugar para ele nas fileiras do Senhor. 
  
Isaías teve uma visão em três dimensões. Vejamos Isaías 6, versículos 1 a 9. Seu olhar se dirigiu para o alto: viu o Senhor; para 
dentro de si: viu a si mesmo; e para fora: viu o mundo. Sua visão tinha altura: viu o Senhor alto e sublime; profundidade: 
viu as profundezas de seu coração; e largura: viu o mundo. Foi uma visão da santidade. Ó amados, como nossa geração 
precisa ter uma visão de Deus em toda a sua santidade! E foi uma visão da iniqüidade: “Estou perdido! de lábios impuros!” E foi uma 
visão do desalento divino, implícito nas palavras: “Quem há de ir por nós?” 
  
E nesta hora em que vivemos, quando a média das igrejas está mais envolvida com promoções do que com orações; incentiva mais a 
competição, e se esquece da consagração, e substitui a propagação do evangelho pela autopromoção, é imperativo que tenhamos essa 
visão tríplice. “Não havendo profecia o povo se corrompe”. (Pv 29.18). E não havendo paixão pelas almas, a igreja perece, mesmo que esteja lotada dominicalmente. 
  
Certo pregador, conhecido no mundo inteiro, e que tem sido poderosamente usado por Deus nos últimos anos para promover 
avivamentos (que são.bem diferentes de cruzadas de evangelismo em massa), contou-me que também teve uma visão semelhante. 
Ainda me recordo da expressão de temor com que me falou que não sabia ao certo se estava tendo uma visão ou um sonho, se estava no 
corpo ou fora dele. Mas disse que enxergava uma enorme multidão em um profundo abismo, todo cercado de fogo, presa no “manicômio 
do universo”, o inferno. Depois disso, esse homem nunca mais foi o m esmo. Nem poderia! 
  
Será que Deus poderia confiar-nos revelação tão grandiosa? Já passamos pela escola da oração e do sofrimento para que nosso 
espírito esteja preparado para suportar uma visão tão atordoante? Feliz é aquele a quem Deus pode comunicar tal visão! 
Ninguém vai além da visão que tem. Teólogos intelectualizados não têm condições de romper a cortina de ferro da superstição e das 
trevas por trás das quais, há milênios, estão perecendo milhões e milhões de indivíduos. Talvez só homens com menos intelecto, mas 
com uma visão maior, sejam capazes disso. 
  
Ter uma mentalidade espiritual é ter gozo e paz. Mas se pararmos para pensar em estatísticas, poderemos ficar bem preocupados. Leia 
os dados que se seguem, e veja se não dá vontade de chorar. Japão — o governo da nação afirma que a população já passa da 
casa dos 120 milhões, e está crescendo ao ritmo de 1.100.000 p essoas por ano. Isso quer dizer que o número de não-convertidos 
aumentou em cinco milhões, nos últimos cinco anos. Coloque esse dado em sua lista de oração. 
  
Coréia do Norte — a população desse país é de cerca de 42 milhões, constituída em grande parte de refugiados, flagelados e famintos. 
  
Índia — na Índia há milhões e milhões de pessoas no vale da sombra da morte. 
  
Oriente Médio — aí há mais de um milhão de refugiados árabes. 
  
Europa — nesse continente, até há alguns anos, existiam cerca de onze milhões de refugiados políticos e de indivíduos que, devido à 
guerra, se achavam distantes de sua pátria. Que situação triste! 
  
China — em Hong Kong também há milhões de refugiados que escaparam da China comunista, e vivem em condições miseráveis. 
  
E para aumentar nossa responsabilidade, basta lembrar que há cerca de 20 milhões de judeus, 350 milhões de muçulmanos, 200 
milhões de budistas, 350 milhões de confucionistas e taoístas, 500 milhões de hindus, 100 milhões de shintoístas e milhões e milhões de 
adeptos de outras seitas, pelos quais Cristo morreu, e que ainda não receberam a mensagem do evangelho. Até mesmo nos Estados 
Unidos existe em torno de 50 milhões de jovens com menos de vinte e um anos que não estão recebendo os ensinamentos de Deus, e 
cerca de dez mil cidades de pequeno porte onde não há um templo evangélico. Quase um milhão de pessoas morre sem Cristo 
semanalmente, em todo o mundo. Isso não significa nada para você? 
  
Precisamos acabar com nossa religião sintética. Uma situação dessas revela a falta de unção nos púlpitos e de ação nos bancos. O 
fato é que hoje não se prega mais o evangelho com o mesmo fervor de antes, e não há mais fome de se ouvir a pregação. 
É possível que Deus esteja mais irado com os países de formação protestante como Estados Unidos e Inglaterra, do que com os 
comunistas. Acha essa afirmação absurda? Então pense seriamente no seguinte. Na Rússia há milhões de indivíduos que nunca tiveram 
uma Bíblia e nunca assistiram a um programa evangélico na televisão ou no rádio. Se pudessem ir a uma igreja, iriam de bom grado. 
Talvez estejam equivocados aqueles que oram no sentido de que os perdidos tenham uma visão do inferno para que se arrependam. 
Pode ser que eles precisem mais é de uma visão do Calvário, do Salvador sofrendo, a instar com eles para que se arrependam. Por 
que iriam querer perecer depois de visualizarem o Calvário? 
  
Conta-se que William Booth, fundador do Exército de Salvação, costumava dizer que, se pudesse, gostaria de proporcionar aos seus 
soldados em fim de curso a oportunidade de passarem vinte e quatro horas espiando para dentro do inferno, para que contemplassem o 
eterno tormento que ali impera. As igrejas fundamentalistas precisam de uma visão dessas, e quem mais precisa são os eloqüentes e 
orgulhosos evangelistas. 
  
Houve certa vez um criminoso de nome Charlie Peace. Não tinha respeito nem pelas leis de Deus nem pelas dos homens. Mas afinal 
um dia foi preso e condenado à morte. No dia de sua execução, foi levado ao corredor da morte na penitenciária de Armley, Leeds, na 
Inglaterra. À sua frente ia o capelão da prisão, lendo versículos da Bíblia em voz monótona e desinteressada. O criminoso tocou-lhe no 
ombro e indagou o que estava lendo. “O “Conforto da Religião”, replicou o sacerdote”. Charlie Peace ficou chocado de ver como ele lia aqueles textos acerca do inferno de maneira tão mecânica. Como alguém podia ser tão frio, a ponto de conduzir outro para a forca, sem emoção alguma, lendo-lhe palavras sobre um abismo profundo no qual o condenado estava prestes a tombar? Será que aquele pregador cria de fato que existe o fogo eterno, que arde incessantemente, e nunca consome suas vítimas, já que lia tudo sem ao menos estremecer? Seria  humano um indivíduo capaz de dizer a outro friamente: “Você estará morrendo eternamente, sem nunca conhecer o alívio que a morte 
poderia dar-lhe?” Aquilo foi demais para Peace, e ele se pôs a pregar. 
  
Veja só o sermão que pregou no próprio instante em que caminhava para o inferno. 
“Senhor”, disse, dirigindo-se ao capelão, “se eu acreditasse nisso em que você e a igreja dizem crer, andaria por toda a Inglaterra, só 
para salvar uma alma, e, se preciso fosse, iria de joelhos, mesmo que a superfície dela fosse recoberta de cacos de vidro, e acharia que 
teria valido a pena”. 
  
Irmão, a igreja perdeu o “fogo” do Espírito Santo e por causa disso a humanidade vai para o fogo do inferno. Precisamos ter uma visão 
do Deus santo. Deus é essencialmente santo. Os querubins não estavam clamando: “Onipotente! Onipotente é o Senhor!” Nem 
diziam: “Onipresente! Onipresente é o Senhor!” O clamor deles era: “Santo! Santo! Santo!” Precisamos deixar que o amplo conceito desse 
termo hebraico penetre de novo em nossa alma. “Se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da 
alvorada” ele está lá. Nesta vida temporal, Deus nos cerca por todos os lados. E ele mesmo, o Deus do qual não se pode fugir, nos 
aguarda na eternidade. É melhor procurarmos ter paz com ele aqui, e nos posicionarmos no centro de sua vontade agora. 
  
Um bom estímulo para nossa alma seria permanecermos trementes na presença desse Deus santo, todos os dias, antes de sairmos para 
o trabalho. Aquele que teme a Deus, não teme os homens. O que se ajoelha diante de Deus, não se curva em nenhuma situação. Se 
tivéssemos diariamente uma visão desse Deus santo, iríamos sentirnos deslumbrados diante de sua onipresença, extasiados ante sua 
onipotência, silenciosos diante de sua onisciência e quebrantados diante de sua santidade. E a santidade dele se tornaria nossa. A 
maior vergonha de nossos dias é que a santidade que ensinamos é anulada pela impiedade de nosso viver. “Um pastor de vida santa 
torna-se um instrumento poderosíssimo nas mãos de Deus”, disse Robert Murray McCheyne. 
  
Antes de Isaías passar pela experiência descrita no capítulo 6 de seu livro, ele proferiu uma série de “ais”, para diversas pessoas. Mas, 
naquele momento, ele viu a si mesmo e disse: “Ai de mim!” “Sou eu, sou eu mesmo, Senhor, quem está precisando de oração”, diz um 
hino “negro espiritual”. E como isso é verdade! Será que não há quadros com imagens impuras pendurados nas paredes de nossa 
mente? Não haverá alguma impureza escondida em algum cantinho de nosso coração? Será que poderíamos convidar o Espírito Santo 
para caminhar conosco de mãos dadas, pelos corredores dele? Não haverá em nós intenções ocultas, motivações secretas e quartos 
fechados cheios de toda sorte de impurezas, a controlar nossa alma?  Em cada um de nós existem três pessoas: a que nós achamos que 
somos, a que os outros pensam que somos, e a que Deus sabe que somos. 
  
Literalmente somos muito condescendentes com nós mesmos, e por demais rigorosos com os outros, a não ser quando estamos 
buscando intensamente a verdadeira vitória espiritual. O “eu” ama o “eu”, embora se diga a respeito de São Geraldo Magela que, pela 
graça de Deus, “ele amava a todas as pessoas, menos Geraldo Magela”. Que belo exemplo para nós! Mas, na maioria das vezes, 
escondemos de nós mesmos nosso verdadeiro ser, para que não fiquemos enojados ante a realidade. Vamos pedir a Deus que seu 
penetrante olhar localize esse corrupto, impuro e malcheiroso ego, para que ele seja arrancado de nós e “crucificado com ele... (para 
que) não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6). 
  
Não adianta dar outros nomes ao pecado; continua sendo pecado. Algumas pessoas se justificam assim: 
“Aquele sujeito ali tem um gênio dos diabos. O que eu tenho é ira justa.” “Ela é supersensível, mas eu sou irritável porque tenho 
problemas de nervos.” “Ele é ambicioso demais; eu estou apenas ampliando os negócios.”  “Que sujeito mais teimoso! Eu tenho convicções firmes.” “Ela é muito orgulhosa; eu tenho gosto muito apurado.” 
  
É muito fácil encontrarem-se justificativas para todos os tipos de pecados; é só querer. Mas quando o Espírito Santo nos sonda o 
coração e conhece o que vai em nós, não passa a mão em nossa cabeça nem tampouco nos lesa. 
  
Perguntou-lhe (ao cego) Jesus: “Que queres que eu te faça?  Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver”. (Mc 10.51). Vamos 
nós também pedir visão a Deus — uma visão para o alto, para dentro de nós e para fora. Assim como aconteceu com Isaías, ao olharmos 
para o alto, veremos o Senhor em toda a sua santidade; ao olharmos para dentro de nós, iremos ver-nos exatamente como somos e 
enxergaremos nossa necessidade de purificação e poder; e ao olharmos para fora veremos um mundo que está perecendo sem o 
conhecimento do Salvador. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em 
mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23,24). Só então teremos unção nos púlpitos e ação nos bancos.

A Missão da Igreja


A Missão da Igreja começou em Jerusalém, espalhou-se pela Judéia e Samaria até aos confins do mundo sem deixar de acontecer continuamente na própria Jerusalém

Pr. Ronan Boechat de Amorim

E Jesus comendo com os discípulos, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes”. (At 1:4)
“...recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas (concomitantemente, ao mesmo tempo) em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. (At 1:8)
Disse Jesus aos seus discípulos: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que eu seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas.” (Lc 24:46-48)
Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro dia da semana, trancadas as portas da casa (em Jerusalém!onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: “Paz seja convosco!”.(João 20:19)
Então Jesus levou os seus discípulos para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu” (Lc 24:50-51).
Estando os discípulos com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando Para as alturas?” (Atos 1:10-11).
Então os discípulos adorando a Jesus, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo.” (Lc 24:52; Atos 1:12)
Ao cumprir-se o dia de Pentecostes (50 dias após a Páscoa e 10 dias após a ascensão de Jesus ao céu), os discípulos de Jesus estavam todos reunidos no mesmo lugar... Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2:1-4)
Dois “retratos” da Igreja de Jerusalém: Atos 2:42-47 e Atos 4:32-35.
Por causa da perseguição contra a igreja em Jerusalém muitos cristãos se mudam para a Judéia e Samaria (At 8:1). Os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra (At 8:4). De Atos 4:25 a Atos 9:43 temos os relatos da difusão do evangelho desde Jerusalém pela Judéia e Samaria.
Filipe anuncia Cristo na Samaria e há grande alegria naquela cidade (At 8:4-8). Samaria recebe a Palavra de Deus e João e Pedro são enviados para lá pelo grupo de apóstolos (At 8:14) e os cristãos samaritanos recebem também o Espírito Santo (At 8:17).
Saulo de Tarso estava indo a Damasco para procurar e prender os discípulos de Jesus (At 9:1-2), quando tem um encontro com Jesus e se converte (Atos 9:3-19). Os capítulos 10 e 11 de Atos relatam a conversão de Cornélio e o começo da pregação aos gentios (não judeus), que será o tema principal do resto do livro de Atos, com ênfase, sobretudo na Igreja de Antioquia da Síria (At 12:19-26 e 13:1-3) e nas viagens missionárias do apóstolo Paulo pela Ásia e Europa.
Como disse Jesus, a missão começou em Jerusalém, espalhou-se pela Judéia e Samaria, chegando ao resto do mundo (ao mundo todo), sem deixar de acontecer também na própria Jerusalém e nos lugares onde havia discípulos, ou seja, onde havia igreja, povo de Deus.
A Igreja de Jerusalém era uma igreja missionária e ao mesmo tempo uma “fábrica” de missionários.
A Igreja de Jerusalém fazia missão “urbana” (local) no bairro e cidade onde estava localizada: “acrescentava-lhes o Senhor dia a dia os que iam sendo salvos” (At 2:47) e após uma pregação de Pedro 3 mil se converteram e foram batizados (At 2:41).
A Igreja de Jerusalém fazia missão “transcultural”, ou seja, para outros povos e países. Foi de Jerusalém que sairam os cristãos que foram pregando a Palavra e abrindo novas igrejas na Judéia e na Samaria. Foi de Jerusalém que sairam os cristãos que foram pregando a Palavra e abrindo novas igrejas na Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria. O primeiro pastor da Igreja de Antioquia foi Barnabé, um crente maduro, discipulador e cheio do Espírito Santo que congregava em Jerusalém.
A Igreja de Antioquia, podemos dizer, filha da Igreja de Jerusalém, também era uma igreja missionária e ao mesmo tempo uma “fábrica” de missionários. A igreja de Antioquia aprendeu com a Igreja-mãe a fazer do seu bairro e da cidade onde estava a sua “Jerusalém”, o seu campo missionário local, e também dedicava-se ao mesmo tempo a fazer missão transcultural.
A Igreja de Antioquia fazia missão “urbana” (local) no bairro e cidade onde estava localizada: “muitos se converteram e se uniram ao Senhor Jesus" (Atos 11:21 e 24).
A Igreja de Antioquia fazia missão “transcultural”, ou seja, para outros povos e países. Foi em Antioquia que Paulo e Barnabé foram enviados para pregar o Evangelho em significativa parte da Ásia e da Europa, através das suas viagens missionárias descritas no livro de Atos.
Nossa Igreja também tem de aprender essa metodologia missionária que deu tanto fruto para as Igrejas de Jerusalém e Antioquia. Precisamos ser uma igreja missionária onde estamos localizados e uma igreja missionária que envia e apóia missionários transculturais (para outras cidades, países e continentes).
Não podemos deixar de participar da missão de Deus em qualquer parte do mundo. Mas não podemos jamais descuidar de fazer missão no bairro e cidade onde estamos localizados. A Igreja local precisa ganhar seu bairro e cidade para Jesus, ser luz e sal no bairro e cidade onde está. Pois só assim, será realmente uma fábrica de missionários, dispostos a ir pra onde Deus os enviar, dispostos a ir para países distantes, dispostos a fazer missão no bairro e cidade onde estão, cada um de acordo com o chamado feito pelo Espírito Santo, que coloca para quem faz missão local e para quem faz missão em lugares distantes a mesma promessa: “o poder do Espírito Santo”. E sem o recebimento dessa promessa, não seremos capazes de fazer missão nem longe nem no local onde estamos, pois sem o revestimento e unção, nada podemos fazer” (Jo 15:5).
Busquemos o poder do Alto, consagremo-nos e preparemo-nos para fazer a vontade de Deus, como verdadeiros missionários/as, ministros/as da Missão, seja em nossa Jerusalém, seja em nossa Judéia e Samaria, seja nos confins da terra.
Onde quer que estejamos sejamos testemunhas do Evangelho.

Uma lição de Compromisso com Deus e o Povo


Neemias 1


1) Chorando pelos que sofrem
Quando não se encontra quem possa chorar pelos perdidos, nem o profeta, nem o sacerdote, nem o pastor, mas somente um copeiro, somente pescadores, somente um sapateiro. Sim, falta mais sensibilidade. O sofrimento dos outros está banalizado, não nos comove. Neemias chorava por sua nação, pelo povo que sofria sem recursos e pela Sião de Deus, a casa de Deus que estava destruída. Sim, ele queria a restauração do tabernáculo e da cidade santa. O que nos falta? Falta-nos um verdadeiro avivamento que traga quebrantamento e intenso compromisso missionário. Falamos de avivamento, mas não o temos; temos sim animação, mas não avivamento. Com avivamento, teríamos um mover de santidade e contrição.
Faltam mais profetas em nosso meio, com francas denúncias contra o pecado, chamando ao arrependimento e a santificação, e dizendo: “Assim diz o Senhor!”
2) Festas e Estratégias
Sim, muita música, às vezes, muito barulho, luzes, danças e nenhuma lágrima de arrependimento, nenhuma contrição.
Não aguento mais ouvir sobre estratégias. É igreja em célula, igreja com propósito, doutrina da prosperidade, entronização da arca; é apóstolo, é patriarca, é rabino. Chega! Quero só Jesus, quero o poder do Espírito Santo. Quero ver o fogo de Deus. Estratégias são meios; o fim é Deus, sua glória, seu poder.
São muitos atalhos, poucos querem pagar o preço do jejum, das orações, do quebrantamento.
3) Enxergando a necessidade
Ninguém chora sem um defunto, ninguém se enternece sem uma visão de compaixão. “ Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos. (Lc 19.41-42).
Nós perdemos as lágrimas. Mulheres são violentadas, crianças assassinadas, jovens morrem com as drogas, e nós seguimos sem chorar.
Jerusalém em ruínas fez Neemias chorar. O pecado e o juízo sobre o povo o fez quebrantar-se.
O que nos quebrantará?
Os milhares e milhares de pessoas sem Cristo precisam nos fazer chorar e clamar.
4) Quando o copeiro chorou
Os sacerdotes não choraram, arrumaram um acordo com os invasores. Continuaram louvando a Deus, mas estava tudo desabando. O culto era uma real alienação.
Apesar dos nossos louvores e cultos abençoados, o mundo está desmoronando a nossa volta, e muitos de nós estamos ficando insensíveis. Cada vez nos tornamos mais silenciosos. Transigimos com as leis de Deus. Recuso-me a isso.
5) Angústia ou preocupação?
Precisamos ser tomados de Angústia profunda, não preocupação que dá e passa, mas inquietante angústia que se transforme em amor profundo pelos perdidos, pelos que sofrem todo o tipo de violência.
Para isso, não existe alívio, há sim a alegria da salvação ao ver Deus agir com seu braço forte.
Não faço apologia da tristeza, mas de um sentimento de insatisfação com o mundo onde vivemos, preservando a alegria, mas mantendo a angústia que é inimiga da acomodação, da resignação e da displicência.
Dizendo como Paulo em 2 Coríntios 6.10: “entristecidos, mas sempre alegres, pobres, mas enriquecendo a muitos, nada tendo, mas possuindo tudo.”
6) Onde está a Igreja do Senhor
Estou escandalizado de como se divide a Igreja do Senhor. Poucos atendem a oração de Jesus:

“a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim
e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia
que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens
dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim,
a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça
que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”(Jo 17.21-23).


Ou mesmo o clamor de Paulo:

“Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do
Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito,
como também fostes chamados numa só esperança da vossa
vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só
Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de
todos e está em todo” (Ef 4.3-6).


Temos preferido existir como facção, desprezando a Palavra do Senhor. A arrogância no nosso meio chega a limites intoleráveis: igrejas do poder, igrejas dos milagres, igrejas e células, igrejas da arca, igrejas do altar, e por aí vai. Desprezam os critérios de juízo de Jesus.

“Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos
de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde
a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive
sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes;estava nu, e
me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me” ( Mt. 25.34-36).


Isso nos mostrou que não são os milagres que vão nos levar ao céu, mas o amor, a graça, a misericórdia e a compaixão.
Todos têm uma solução ¨revelada¨, tentam atrair para o seu “modelo¨, e isto divide o Corpo de Cristo: a Igreja. Muitos modelos são legítimos, mas não é isso que nos faz discípulos/as, e sim a unção de Deus e o amor com que nos amamos uns aos outros. E como discípulos/as maduros/as, frutificamos a medida de 100 por 1.
7) Entre a Igreja show e a Igreja Missionária
A esse respeito temos tropeçado na tendência do mundo moderno. Temos visto mais show e entretenimento. Os templos precisam de poltronas que nem teatro. O louvor precisa de instrumentos mais modernos, a iluminação põe refletores sobre os músicos ou sobre o pastor-animador, é imprescindível a coreografia, querem mais, e há até fumaça e outros artifícios. Cuidado para não cairmos no tipo de culto que o profeta Isaias denunciou: “Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene” (Is 1.12-13).
Já sei que muitos já estão desconfortáveis, é exagero do bispo, mas eu sinto falta da confissão de pecados, do anúncio do Juízo de Deus, da denúncia profética contra os pecados, adultério, pornografia, sexo fora do casamento, mentiras, fofoca. Precisamos de pregadores que chamem o povo à santidade denunciando os pecados. Precisamos de um culto que ofereça comodidade ao rebanho, mas que o leve a comparecer perante a face de Deus. Que promova conversão e mudança de vida.
O povo anseia não por ouvir palavras de ordem repetidas várias vezes, como se fossem mantras esotéricos, mas a Palavra do Deus Vivo. De pastores e pregadores que peguem fogo no púlpito por meio dos quais flui a Palavra de Jesus. Amém e Amém!

Bispo Paulo Lockmann